MAMOGRAFIA
Método consagrado e o mais utilizado no mundo. Apesar de todas as inovações tecnológicas, continua sendo o mais importante exame a ser realizado no rastreamento do câncer mamário.
A mamografia digital, isoladamente consegue diagnosticar perto de 90% dos casos de câncer de mama.
Associada à ultrassonografia este índice sobe para perto de 95% de diagnóstico, e associada à ressonância magnética, temos perto de 98% de diagnóstico.
Em 1 a 2% dos casos a lesão é virtualmente invisível, ou pelo diminuto tamanho na época do exame, alta densidade mamária, ou por características inerentes ao próprio tipo do tumor, que podem ter “imagem pobre“, como no caso dos carcinomas lobulares.
Devemos ressaltar que atualmente já está disponível em vários serviços a Mamografia 3D ou Tomossíntese.
Em que pese haver apenas um aumento discreto na quantidade de diagnósticos realizados, há também um número menor de incidências realizadas em cada exame e menos reconvocações.
A ultrassonografia ou a ressonância magnética não devem ser utilizadas isoladamente para o rastreamento, pois não evidenciam adequadamente microcalcificações, que são frequentemente as primeiras, e mais precoces manifestações do câncer mamário.
Em termos ideais, os protocolos sugerem mamografia digital associada à ultrassonografia como rotina, reservando-se a ressonância magnética para casos específicos.
As recomendações que utilizamos levam em conta as orientações da Sociedade Brasileira de Mastologia:
ULTRASSONOGRAFIA
Exame bastante útil no sentido de diferenciar nódulos sólidos de cistos (líquidos). Extremamente eficiente para direcionar punções e biópsias desde que as lesões sejam visíveis ao ultrassom.
Não substitui a mamografia que continua sendo o método soberano na prevenção do câncer, porém complementa de maneira importante o diagnóstico mamográfico, particularmente nas mamas densas e nas mulheres jovens. Recomenda-se que seja sempre associado à mamografia no exame preventivo.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Exame de alta resolução que evidencia principalmente lesões nodulares. Não é considerado um exame para rastreamento de rotina, embora nas mamas extremamente densas, de pacientes com importantes antecedentes familiares, e nas pacientes portadoras de mutações genéticas, seja obrigatório nos dias atuais.
Não evidencia adequadamente microcalcificações que em muitos casos são a primeira manifestação do câncer de mama. É uma importante arma no estadiamento tumoral, que são uma série de exames realizados a partir de um diagnóstico já definido de câncer, para avaliar a extensão do mesmo. A ressonância magnética é largamente utilizada nestes casos, até para definir o tamanho da cirurgia a ser realizada.
Em conjunto com a mamografia e a ultrassonografia, diminui sensivelmente os falsos negativos. Por outro lado, tem uma taxa relativamente alta de falsos positivos, não devendo ser utilizado de forma aleatória. Um especialista saberá quando indicar e como interpretar o exame.