Episódio 2 – Câncer de Mama: Trilhando esse caminho com seu mastologista

Câncer de Mama: Trilhando esse caminho com seu mastologista

Participação de Dr. José David Kandelman no HeathCast Alpha o podcast dos médicos e profissionais de saúde de Alphaville.
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HeathCast Alpha é o podcast dos médicos e profissionais de saúde de Alphaville.

Assista o vídeo e entenda mais!

Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do Healthcalpa, o podcast dos médicos, empresas e profissionais de saúde de Alphaville. Meu nome é Andréa Akuri Guimarães e hoje estamos aqui para mais um episódio com o Dr. José David Kandelman, que atua nas especialidades de mastologia e oncoginecologia, para falar sobre câncer de mama.

Dr. José David é graduado pela PUC São Paulo, com especialização e doutorado pela Unifesp. Ele é diretor técnico da JDK Mastologia Oncoginecologia, onde coordena uma equipe multidisciplinar formada por mastologistas, oncoginecologistas, clínicos, radioterapeutas, psicólogos e fisioterapeutas, para oferecer um atendimento completo às portadoras de câncer mamário e ginecológico. Ele fez sua formação em cirurgia robótica pelo Memorial Hermann em Houston, Texas, e na University of Texas, Estados Unidos, visando oferecer um tratamento oncológico mais eficiente e menos agressivo para suas pacientes.

Dr. José David, seja muito bem-vindo mais uma vez.

Muito obrigado. Eu que agradeço a recepção, é um prazer estar aqui.

Vamos falar sobre câncer de mama. Quais medidas preventivas as mulheres podem tomar para reduzir o risco de câncer de mama? Você já falou um pouco sobre isso no nosso primeiro episódio, né?

Para reduzir o risco, é importante levar uma vida saudável. Todo mundo sabe o que é levar uma vida saudável: fazer exercícios, ter uma alimentação adequada e o mais natural possível. Claro, não adianta eu dizer para as mulheres casarem cedo e terem filhos logo, isso não vai dar certo, mas seria uma boa maneira de prevenir.

Você mencionou isso no primeiro episódio, que é uma forma preventiva, mas não é sempre possível. Outro ponto é tomar menos pílula e fazer menos reposição hormonal.

Exatamente. O estrógeno é uma substância que aumenta a incidência de câncer de mama. A pílula e algumas reposições hormonais contêm estrógeno. O estrógeno, quanto mais tempo for utilizado, maior a probabilidade de desenvolver câncer de mama. Ele não provoca o câncer, mas é um fator de risco ambiental.

Para que as pessoas entendam melhor, 10% das mulheres no mundo terão câncer de mama em algum momento da vida, independentemente de tomar estrógeno. As que tomam estrógeno aumentam esse risco para 11%, não para 50%. O estrógeno aumenta a incidência, mas não provoca o câncer de mama diretamente.

Esse esclarecimento é importante para os leigos, pois tomar pílula ou reposição hormonal não significa que necessariamente terão câncer de mama.

Há muitos anos, o National Institute of Health (NIH) dos Estados Unidos fez um estudo populacional com milhões de mulheres fazendo reposição hormonal versus a incidência de câncer de mama. Pararam o estudo no meio porque, no grupo que estava fazendo reposição hormonal, houve um aumento significativo de problemas circulatórios, como trombose, AVC e infarto, não apenas câncer de mama.

Então, os protocolos atuais são baseados nesses estudos: mulheres com alta incidência de câncer de mama ou de ovário na família, ou com histórico de problemas tromboembólicos, devem evitar a reposição hormonal. Cada um é dono da sua vida, mas é importante entender os riscos.

Existem dois tipos de ginecologistas: o “feliz”, que se preocupa com sexualidade e reprodução, e o “oncológico”, que é mais cauteloso e muitas vezes considerado chato. Se uma paciente quer fazer reposição hormonal e seu ginecologista oncológico diz não, ela provavelmente encontrará um “feliz” que permitirá.

Se a paciente decide fazer reposição hormonal, deve começar o mais cedo possível, logo após a menopausa, para evitar problemas cardiovasculares que aumentam com a idade. A reposição não deve ser iniciada antes da menopausa, pois isso não existe. Entrar na menopausa e iniciar a reposição logo após é o ideal.

O problema é que as mulheres que começam a reposição hormonal têm dificuldade em parar, pois os sintomas da menopausa retornam. Quem não faz reposição, o cérebro utiliza a glândula suprarrenal para produzir pequenas quantidades de estrógeno a partir da testosterona, mas em níveis muito menores.

Assista o video para a sequencia da conversa.

Confira o vpideo no canal do Youtube:Episódio 2 – Câncer de Mama: Trilhando esse caminho com seu mastologista

Prof.Dr. José David Kandelman
CRM 22286
RQE 3958/ 39581

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